.o nome das coisas | p.27

...o resto é rotina, é o pensamento circular da maioria das pessoas, é a preguiça e o medo de percorrer novos caminhos, é a tendência a desanimar e fechar janelas para tudo o que não seja muito bem conhecido. O homem totalmente condicionado é um tipo de robô tão comum que já não percebemos suas limitações trágicas. Seu condicionamento mais visível consiste em fazer-se original, o que é fácil entender. Um resto de sensibilidade em sua alma transmite-le uma visão fugaz do próprio drama. Um pouco obscuramente, ele se sente impelido na direção da criatividade e da independência. Como não sabe o que fazer delas, nem para onde avançar, representa o que julga ser a liberdade. E essa representação pode ser tudo, até mesmo brilhante e convincente, mas não será nunca liberdade.