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Essa imagem de mim entre aspas me satisfazia, e não apenas superficialmente. Eu era a imagem do que eu não era, e essa imagem do não-ser me cumulava toda: um dos modos mais fortes é o ser negativamente. Como eu não sabia o que eu era, então "não ser" era a minha maior aproximação da verdade: pelo menos eu tinha o lado avesso: eu pelo menos tinha o "não", tinha o meu oposto. O meu bem eu não sabia qual era, então vivia com algum pré-fervor o que era o meu "mal"....Só agora sei que eu já tinha tudo, embora de modo contrario: eu me dedicava a cada detalhe do não. Detalhadamente não sendo, eu me provava que - que eu era.