.na floresta do alheamento p.468

O movimento parado das árvores; o sossego inquieto das fontes; o hábito indefinível do ritmo íntimo das seivas; o entardecer lento das coisas, que parece vir-lhes de dentro a dar mãos de concordância espiritual ao entristecer longínquo, e próximo à alma, do alto silêncio do céu; o cair das folhas, compassado e inútil, pingos de alheamento, em que a paisagem se nos torna toda para os ouvidos e se entristece em nós como uma pária recordada – tudo isto, como um cinto a desatar-se, cingia-nos, incertamente.