.pessoa 241

...O silêncio entrara-lhe com a cor. Na atmosfera haviam-se fechado pétalas. E na própria composição do espaço uma interrelação diferente de qualquer coisa como planos havia alterado e quebrado o modo dos sons, das luzes e das cores usarem a extensão.

.pessoa 107

Não tenho idéia de mim próprio; nem aquela que consiste em uma falta de idéia de mim próprio. Sou um nómada da consciência de mim. Tresmalharam-se a primeira guarda os rebanhos da minha riqueza íntima.

.vive la fete: noir désir


Je veux être seul | reste-la, toi ta geule | je ne peux pas me calmer | laisse-moi tempêter | j'ai trop des tristes pensés | pour ça je veux crier | je ne suis pas content | furieux comme un enfant | c'est la manie | c'est la manie | je ne suis pas genée | j'ai un esprit troublé | donne-moi un peu de temps | ça passera par le vent | je veux être seul | reste-la, toi ta geule | je ne peux pas me calmer | laisse-moi tempêter | c'est la manie | c'est la manie | je veux être seul | reste-la, toi ta geule | je ne peux pas me calmer | laisse moi tempêter | c'est la manie.

.gh7

...mas não procures entender-me
faze-me apenas companhia

.la fin des terres


Uma mistura de teatro com dança, circo, marionetes e ilusionismo. Um universo absurdo, cheio de momentos mágicos, me senti como uma criança, a cada momento surpreendida por cenas fantásticas! a coisa mais linda-maravilhosa do planeta terra!!

Texto de Philippe Genty:
Encontrar...
Algo que corrói, que devora, que explode lá dentro.
O vazio se instala. Se prende a um detalhe.
Aprisionar o deserto que o cerca.
Um canto surge do fundo do deserto.
Que faz ele aqui nessa minúscula bolha de luz?
Quebrar o vazio, quebrar a escuridão que o cerca.
Mergulhar na matéria que ele não ousa tocar, que se esvai...

Encontrar o caminho que leva até lá, além do horizonte, do outro lado do céu.

TARDE DEMAIS.

O medo da escuridão o devora.
Perde-se no fundo da noite.
A ira aumenta.
O escuro adentra.
Flutua

Cai horizontalmente no rasgo. Força uma passagem.
Sacode, despedaça.
Olhos que observam. Olhos de crianças? não, outros olhos.

Dois locaios ou talvez dois enfermeiros.

Uma senhorinha varre a escuridão.

Um homenzarrão apaga a sombra daquela que ele procura.

Guiam-na, deslocam-na, ajudam-na, empurram-na.
Ela cai, rola. Ignoram-na.
Abrem uma mala e dela tiram coisas.

Ao longo desses encontros, progressivamente,
A escuridão na qual eles evoluem se fissura.

Ela distingue formas.
Ele aprisiona o olhar.
Com esse olhar seus primeiros tremores,
desejos,
prazeres
se abrem para outro tempo.

Um vaguear.
A descoberta de algo que se encontra em algum lugar
além do
fim
das
terras.

.pessoa 293

encontro-me então, nestas almas em que me precipito às vezes, desamparado e oco, parecendo que morri e vivo, pálida sombra dolorida, que a primeira brisa deitará por terra e o primeiro contacto desfará em pó.

.pessoa 310

minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tangem e rangem, cordas e harpas, tímbales e tambores, dentro de mim. Só me conheço como sinfonia.

.invasão tsunami

meu painel

passou eu não consegui postar antes!
Exposição Invasão Tsunami lá no Bunkyo que aconteceu nos dias 23,24 e 25 de maio com o coletivo moyashis! yaaa

.kraak & smaak: squeeze me


videozin da música "squeeze me" muito bacana da banda Kraak & Smaak usando flip book!

.pessoa 87

Um colo ou um berço ou um braço quente em torno ao meu pescoço... uma voz que canta baixo e parece querer fazer-me chorar... O ruído de lume na lareira... Um calor no inverno... Um extravio morno da minha consciência... E depois sem som, um sonho calmo num espaço enorme, como a lua rodando entre estrelas...

.pessoa 197

O tempo! O passado! Aí algo, uma voz, um canto, um perfume ocasional levanta em minha alma o pano de boca das minhas recordações... Aquilo que fui e nunca mais serei! Aquilo que tive e não tornarei a ter! Os mortos! Os mortos que me amaram na infância. Quando os evoco, toda a alma me esfria e eu sinto-me desterrado de corações, sozinho na noite de mim próprio, chorando como um mendigo o silêncio fechado de todas as portas.

.pessoa 60

É nobre ser tímido, ilustre não saber agir, grande não ter jeito para viver.
Só o Tédio, que é um afastamento, e a Arte, que é um desdém, douram de uma semelhança de contentamento a nossa....
Fogos-fátuos que a nossa podridão gera, são ao menos luz nas nossas trevas. Só a infelicidade eleva - e o tédio, que da infelicidade curtimos, é heráldico como são descendentes de heróis longínquos.